11 dezembro 2005

Síndrome

Não é mais o corpo vivo, mas não é ainda o cadáver. Estacionado na passagem, experimenta diariamente uma pequena morte noturna. Entre a vigília e o sono, surtos de passadismo nostálgico, ecos de sensações vividas e reflexões existenciais, amálgama perfeito entre o ser e o nada. A biografia apodrece na estante seletiva da memória coletiva da plebe, os versos censurados encontram refúgios blindados nos arquivos mentais e o esquecimento se abre pleno de possíveis. Absorve um oceano de perdas, mas não deixa naufragar a célula que te deu origem.

29/07/2005

Nenhum comentário: