03 julho 2008

À deriva


Conduzido a chicote pelos caminhos da vida, construi o labirinto onde me perdi de mim. Sei o meu lugar, mas não me encontro nele. Pregador da renúncia, não me desapego. Narciso cego, amo a máscara. Afogado nas minhas verdades, não posso resgatá-las das profundezas. Então eu lavo as mãos, rio dos meus conflitos e sigo à deriva nesse "grande mar que cerca a ilha de náufragos que é a vida".