11 dezembro 2005

Pra todos os meus medos


Pra morrer, voltar seria o passo
Pra te amar, morrer seria o preço
Pra cortar, amar seria o fio
Pra sangrar, te ver seria o suficiente
E o toque do teu corpo o mote
pra que e a loucura me tornasse ausente
pra que a candura me expusesse à lente
do teu juízo frio, do teu amor vazio
to teu desejo promiscuo e insistente
da tua vingança emprestada
da tua ganância emulada
da tua existência amenizada por um papel trocado
por um clamor rogado num canto imaturo do teu ser

Queria ser a luz pra que a sombra do que fomos te mostrasse o espectro da minha solidão
queria ser teus olhos, pra saber pra onde olhava quando nunca me via
queria ser teus ouvidos, pra entender que música dançava quando eu me p erdia
queria ser menos humano, queria ser menos humano.

31/07/2005

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