11 agosto 2005

Inocente Paixão Adolescente - parte um



Perdidos no teu jeito de ser,
meus olhos são réus culpados,
presos aos ferros pesados
da obsessão de te perder.

No calor do retorno,
ainda sentimos frio,
mas de que vale o exílio
sem anistia como desafio?

Atônito, brada meu coração:
- Cego sentimento eloqüente... diz!

- De onde vens?
- Para onde vais?
- Quem és tú?
- Nada mais!

E assim, mesmo inocente,
sou um condenado;
nas grades, meu coração doente
é mais delinqüente desesperado.

1986

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