
Desconta o teu vício
de ser livre para sempre
e não sofrer nunca mais
no teu lema sagrado,
escrito num suplício
inspirado na paz.
Deixa a gente pensar
que nada mancha
e tudo pode se apagar.
E a gente se tortura
até não mais aguentar,
se vai e quer voltar
e quando vai de novo,
mais velho está,
menos se pode tentar
esquecer o que se foi
sem saber onde vai dar,
esperar que um dia
tudo possa terminar.
1989
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