17 outubro 2006

Garôa


Se não tens sono...não fiques à deriva na cama
Tome uma atitude
Não se desculpe
Até onde a falta de uma linha traz o senso crítico à tona
Quanto medíocre se pode ficar?
Quantas damas se pode usar?

Ainda não entendi o sentido das coisas
Tenho andado por novas pastagens
Tenho suado por novas paisagens
No fim tudo igual...só mudam as cores e os cheiros

A poesia ficou no passado
Talvez tenha ficado à margem de mim
Talvez meu guard-rail tenha se partido sem som

Os cantos são belos
A simbologia me traz abrigo
mas ainda não sei qual é a minha pena
nem soube quando foi a condenação...ou o motivo da acusação

Quem podeira mudar as regras desse jogo enfadonho
o dia esteve cinza...por vezes úmido
Nasce um novo estilo
surge um novo exílio

Navego em rios de aguas calmas
mas busco vãos tortuosos
minha alma está sedenta pelo novo
mas o meu...por favor com muito gelo e num copo baixo
gosto de mexer com o dedo

De contemplação eu já me enfastiei
De condecoração eu já me saciei
De paixão eu ja me afoguei
Agora eu quero entender onde está esse elefante
que eu sinto tão perto de mim
Agora em me cansei de estar errante
de estar tão longe de mim

Agora que meu choro seca minhas palavras
minha caneta escreve em outros tons
Minhas miragens emitem outros sons
Minhas bobagens revelam mais

Parti porque era tempo
Continuo sem rumo
continuo sem prumo

Brindo à morte...
porque é preciso vida pra morrer...
porque é preciso morte pra viver
porque é preciso sorte para sofrer...
porque é preciso sofrimento para ver...
porque é preciso consciência para ser...
porque é preciso ser ...
apenas ser

4 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da parte que fala do dedo...
(Brincadeirinha...)

Anônimo disse...

(Sussurro)...Não se perca por entre os abismos que procura !

Anônimo disse...

Sao 2 da manha!

ADOREI ESSE POEMA TITIO!!!

;-)

ja sabe?

Anônimo disse...

Composição: Lobão

Chove lá fora, e aqui, tá tanto frio.
Me dá vontade de saber, aonde está você?
Me telefona.
Me chama, me chama, me chama...
Nem sempre se vêem!
Lagrimas no escuro, lagrimas no escuro...
Tá tudo cinza sem você, tá tão vazio.
E a noite fica assim por quê?
Aonde está você?
Me telefona.
Me chama, me chama, me chama...
Nem sempre se vêem!
Mágicas no absurdo, mágicas no absurdo, mágicas...
Nem sempre se vêem!
Lagrimas no escuro, lagrimas no escuro, lagrimas...
Nem sempre se vêem!
Mágicas no absurdo, mágicas no absurdo, mágicas...
Nem sempre se vêem!
Lagrimas no escuro, lagrimas no escuro, lagrimas...