No interior de uma vitrine mórbida,
a mente perde a lógica
no contato com o concreto
e mente contando dias
que nao passam de séculos.
Definindo sobrevivência
como a arte de resistir,
são todos artistas
brigando pela posse egoísta
de um pedaço torto de giz,
para calcular a densidade do aço
e a sensualidade dos traços
do corpo da mulher que não está ali,
revolucionários da estética,
tranformando ferida em cicatriz,
encarando a rotina bélica
de escapar da morte por um triz,
sonhando com a forma geométrica
que o sol assumirá
quando voltar a brilhar
em algum lugar do país.
1989
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