11 dezembro 2005

Num beco


No dia em que a paz chegar
minha caneta repousará
Estarei morto pra essa estrada em branco
e começarei a viver a vida
Anestesiado por me sentir completo
Amainado por me livrar do incerto

Enquanto essa viga me corta as visceras
continuarei sangrando essa estrada em azul
sangro o teu cio em mim e me sinto nu
sangro o que vaza em meu leito e me faz rarefeito
sangro o que não tenho mais...pois perdi o respeito
Grito!!!!
Grito!!!
Grito!!! Por meus defeitos
E sou o que se pode esperar de mais humano e patético
de mais mundano e apoplectico
de mais profano e morfético
"um lixo, um rato, um covarde"(W) .

22/09/2005

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